segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Portugal dos Pequeninos

Aproximamo-nos de um período importante a nível político para o país, pois avizinham-se as eleições legislativas e autárquicas. Como em todas as eleições democráticas começa-se a ver o “reboliço” das campanhas politicas, dos debates “frente a frente” e todo o ciclo normal, de um período de campanha, para o qual já estamos bastante familiarizados.

No entanto, numa época em que se fala em condicionantes e contenção económica, os políticos menosprezam a situação e gastam milhões de euros em folhetins informativos, canetas, bonés e todo um rol de “prendinhas” que distribuem aos eleitores como se de crianças se tratasse.

Então é vê-los a percorrer o nosso lindo país, visitando mercados, escolas, feiras, lares de idosos e todos os locais possíveis e imaginários onde se possam encontrar criancinhas “ranhosas” para beijar, assim como “velhotas de barba rija” para dar um pé de dança. O que não se faz por um simples voto!

Contundo, muitos dos portugueses já não aderem tão facilmente a este tipo de campanha no terreno, uma vez que não acreditam nas promessas politicas, pois “ gato escaldado de água fria tem medo”, e muitos gostam mais de ver um bom debate no aconchego do seu lar. Sim, porque aí, os candidatos rivais descobrem e relembram um pouco os falhanços políticos de cada um, ajudando assim, cada eleitor na escolha do candidato mais competente, com ideias mais progressistas e com um percurso político menos manchado. Se este método de campanha fosse mais utilizado, os gastos seriam os mesmos, todos nós ficaríamos a ganhar e os níveis de abstenção nos resultados das eleições seriam menores.

Concluindo, apesar das campanhas não terem adoptado métodos mais convincentes, cabe-nos a nós, eleitores, exercer o nosso dever de cidadão e votar de uma forma consciente e sensata, depois de analisar todas as propostas, pois quem não vota também não tem o direito a reclamar.

Tiago Rolo

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