sábado, 28 de agosto de 2010

Fogo!

Mais um Verão e mais do mesmo… não é de agora e penso que ninguém se lembrará de um ano sem incêndios. Todos os anos, com a chegada do calor, surgem sucessivamente de norte a sul do país (bem como em todo o mundo) incêndios de menores ou maiores dimensões que provocam prejuízos incalculáveis.

Neste momento são difíceis de contabilizar os estragos deste trágico ano pois os números alteram-se de minuto para minuto.

Como triste resumo, temos milhares de hectares de floresta ardida, habitações e instalações destruídas, populações evacuadas, animais mortos, dois bombeiros morreram vítimas de acidentes de viação, uma bombeira durante o combate às chamas e uma criança de 8 anos devido a um incêndio que deflagrou num palheiro onde estaria a brincar, dados que como já disse estão em constante alteração.

Quando tentamos descobrir a origem de tudo isto, deparamo-nos com quatro principais causas: causas naturais (em menor número e que pouca gente acredita), mão criminosa (na maior parte dos casos), negligência (ora por descuido ateando fogo, ora por desmazelo por não se fazer a manutenção necessária nas nossas florestas) e ordenamento florestal (falta de “cortes naturais” de incêndios e acessibilidade).

As populações queixam-se pela falta de apoio, os bombeiros sentem-se ineficazes, disponibilizam-se todos os meios e ainda se pede ajuda a países vizinhos, alguns governantes interrompem as suas férias para tentarem fazer o que lhes compete e mesmo assim continuamos impotentes face a esta calamidade.

Falam-se em muitas soluções, mas poucas são as que se põem em prática. Eu dou mais duas que se calhar já foram numerosamente discutidas:

Porque é que não se criam postos de trabalho locais para a limpeza das matas e respectiva inspecção? Em vez de se gastar o “nosso” dinheiro (que não é muito) no combate, porque é que não se canaliza parte dele para a prevenção? Ganhávamos áreas florestais limpas e combatíamos o desemprego!

Ainda no contexto da prevenção, porque é não se utiliza a mão-de-obra prisional para a limpeza das nossas matas? Porque é que não se troca a “boa vida” que levam na prisão por um pouco de trabalho comunitário que poderia fazer com que reduzissem as suas penas? Não vale a pena pensar em possíveis fugas pois hoje há dispositivos de localização que controlariam isso.

Muitas mais ideias poderiam ser dadas, mas teimamos em não fazer nada e deixar o nosso país a arder.

É preciso maior prevenção, penas pesadas para mãos criminosas, maior vigilância, mas acima de tudo, é imperial agir!

Vale a pena pensar e não ficar por aqui para que os próximos anos não sejam iguais!


Maurício Miranda


Música vendida como droga

Nos dias de hoje são muitas as invenções e tecnologias que surgem na nossa sociedade. Todos os dias somos surpreendidos com novas descobertas. Há poucos dias foi notícia a descoberta e o uso de um novo tipo de droga. Na verdade, muitas das invenções surgem para melhorar a nossa qualidade de vida. Por outro lado, outras surgem para a desagregação e destruição do homem, é exemplo disso a droga.

Uma droga é uma substância natural ou sintética que, introduzida no organismo, modifica as suas funções. É uma substância proibida, de uso ilegal e prejudicial para o consumidor, alterando as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

Actualmente, as drogas podem ser: drogas estimulantes, analgésicas, alucinogénicas ou as psicotrópicas que afectam o Sistema Nervoso Central. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injecção, por inalação, via oral ou injecção. Hoje em dia existem outros tipos de droga, exemplo disso é a que existe à venda na internet em forma de música, que promete efeitos muito semelhantes aos das drogas conventuais.

Tratam-se de ficheiros musicais, baseados em sons de diferente frequência e diferentes na técnica dos batimentos. A novidade consiste em emitir para cada ouvido dois sons diferentes. Essa alternância de sons acaba por interferir com as ondas cerebrais e provocar efeitos como um grau de relaxamento muito elevado ou estados psíquicos muito acentuados. É conhecida como música neurológica pois leva o nosso cérebro a produzir ondas de vários tipos, por exemplo, as ondas lentas, que estão associadas a estados de relaxamento, e ondas mais rápidas, que são associadas aos estados de concentração.

Os especialistas asseguram que os efeitos destas drogas digitais terminam quando se termina de ouvir o som e que não há risco de vício. Mas há outros perigos: uma utilização frequente pode provocar insónias ou estados de ansiedade extremos, como qualquer droga tradicional. Por isso nunca é demais alertar os nossos jovens para os perigos das drogas, para que o seu consumo diminua JA.

Tiago Rolo