domingo, 13 de dezembro de 2009

Semana mais ou menos fraquinha

Foi durante a última semana que tivemos a oportunidade de perceber o quão importante está a ser a nossa capital para a Europa. Que contentes ficaram os nossos governantes ao assistirem finalmente à entrada em vigor do tratado de Lisboa.

Uma alegria que até chegou a contagiar por “breves horas” o povo português que ouvia finalmente o nome de Portugal, desta vez, não por maus motivos, mas sim para uma mudança na Europa e na sua burocracia que todos entendem como positiva.

Quando digo por “breves horas” entenda-se: um dia. Isto porque, logo no dia a seguir, surge nos jornais e telejornais o nível de desemprego neste nosso país e veja-se 10,2%. Não tardou muito a surgir também as propostas do FMI (que é uma entidade europeia que quando um governo não sabe o que anda a fazer, intervém e passa basicamente a governar-nos), que apelam à diminuição da despesa pública e caso isso não chegue, ao aumento dos impostos (o que acho altamente provável lá pró ano que vem).

Para mim, pior que isto só mesmo a oposição politica em Portugal, que com todos estes factos a acontecerem durante a última semana, temos todos os dias a líder da oposição a querer saber o que disse o Sócrates ao Vara e mais recentemente a querer debater um tema interessantíssimo, que não passa de querer saber quem construiu e porquê, o mais que muito badalado Magalhães.

Precisamos mesmo de mudar, e bem que podemos começar pela oposição. Não queremos ver tricô político (coisa própria de pessoas idosas), queremos ver debates elucidativos, acesos e conclusivos para que deles saiam leis práticas, justas e de progresso…isso sim! Muito progresso. Deixemo-nos de tratados e nomes de tratados que só com isso não vamos a lado nenhum.
A todos um Feliz Natal e um próspero ano 2010.

João Pereira

Natal durante 3 meses!

Hoje em dia a época natalícia dura aproximadamente três meses. Se não vejamos: desde o inicio do mês de Outubro que a maioria dos estabelecimentos comerciais e espaços públicos se encontram iluminados com luzes próprias desta quadra. Nos seus interiores deparamo-nos com novas montras, totalmente remodeladas, em que os artigos com principal destaque são agora objectos luxuosamente embelezados, propícios à tentação de comprar para oferecer aos nossos amigos ou entes queridos, como chocolates, jogos, roupas, brinquedos, entre outros, ou produtos alimentares, também estes próprios desta época.

O Natal tem cada vez menos o sentido natalício ligado à origem da palavra, dando lugar a um tempo de consumismo e luxúria em que, muitas vezes, se compram produtos que não nos fazem falta mas que se compram ‘porque é Natal’. É um esbanjar de dinheiro que muitas vezes me põe a pensar: será que a crise também tira férias por esta altura?!!

Aparecem também algumas campanhas solidárias (supostamente) em muitos hipermercados e demais lugares, segundo as quais, uma pequeníssima parte do dinheiro investido em compras naquele estabelecimento reverte para uma causa nobre qualquer. Mas, não é mais do que uma maneira bastante inteligente de nos ‘levar’ a consumir algo de que não precisamos pensando que estamos a ajudar alguém. Mas, porque não doar logo a totalidade do dinheiro gasto nestes produtos (de que não precisamos) para a causa em questão? Porque não ajudarmos aqueles que precisam sem andar a ‘manter’ outros de ‘posses’?

É preciso sermos mais críticos face às situações com que nos deparamos no dia-a-dia. E podemos começar JA este Natal.

Jorge Neiva