Mais um Verão e mais do mesmo… não é de agora e penso que ninguém se lembrará de um ano sem incêndios. Todos os anos, com a chegada do calor, surgem sucessivamente de norte a sul do país (bem como em todo o mundo) incêndios de menores ou maiores dimensões que provocam prejuízos incalculáveis.
Neste momento são difíceis de contabilizar os estragos deste trágico ano pois os números alteram-se de minuto para minuto.
Como triste resumo, temos milhares de hectares de floresta ardida, habitações e instalações destruídas, populações evacuadas, animais mortos, dois bombeiros morreram vítimas de acidentes de viação, uma bombeira durante o combate às chamas e uma criança de 8 anos devido a um incêndio que deflagrou num palheiro onde estaria a brincar, dados que como já disse estão em constante alteração.
Quando tentamos descobrir a origem de tudo isto, deparamo-nos com quatro principais causas: causas naturais (em menor número e que pouca gente acredita), mão criminosa (na maior parte dos casos), negligência (ora por descuido ateando fogo, ora por desmazelo por não se fazer a manutenção necessária nas nossas florestas) e ordenamento florestal (falta de “cortes naturais” de incêndios e acessibilidade).
As populações queixam-se pela falta de apoio, os bombeiros sentem-se ineficazes, disponibilizam-se todos os meios e ainda se pede ajuda a países vizinhos, alguns governantes interrompem as suas férias para tentarem fazer o que lhes compete e mesmo assim continuamos impotentes face a esta calamidade.
Falam-se em muitas soluções, mas poucas são as que se põem em prática. Eu dou mais duas que se calhar já foram numerosamente discutidas:
Porque é que não se criam postos de trabalho locais para a limpeza das matas e respectiva inspecção? Em vez de se gastar o “nosso” dinheiro (que não é muito) no combate, porque é que não se canaliza parte dele para a prevenção? Ganhávamos áreas florestais limpas e combatíamos o desemprego!
Ainda no contexto da prevenção, porque é não se utiliza a mão-de-obra prisional para a limpeza das nossas matas? Porque é que não se troca a “boa vida” que levam na prisão por um pouco de trabalho comunitário que poderia fazer com que reduzissem as suas penas? Não vale a pena pensar em possíveis fugas pois hoje há dispositivos de localização que controlariam isso.
Muitas mais ideias poderiam ser dadas, mas teimamos em não fazer nada e deixar o nosso país a arder.
É preciso maior prevenção, penas pesadas para mãos criminosas, maior vigilância, mas acima de tudo, é imperial agir!
Vale a pena pensar e não ficar por aqui para que os próximos anos não sejam iguais!
Maurício Miranda
Neste momento são difíceis de contabilizar os estragos deste trágico ano pois os números alteram-se de minuto para minuto.
Como triste resumo, temos milhares de hectares de floresta ardida, habitações e instalações destruídas, populações evacuadas, animais mortos, dois bombeiros morreram vítimas de acidentes de viação, uma bombeira durante o combate às chamas e uma criança de 8 anos devido a um incêndio que deflagrou num palheiro onde estaria a brincar, dados que como já disse estão em constante alteração.
Quando tentamos descobrir a origem de tudo isto, deparamo-nos com quatro principais causas: causas naturais (em menor número e que pouca gente acredita), mão criminosa (na maior parte dos casos), negligência (ora por descuido ateando fogo, ora por desmazelo por não se fazer a manutenção necessária nas nossas florestas) e ordenamento florestal (falta de “cortes naturais” de incêndios e acessibilidade).
As populações queixam-se pela falta de apoio, os bombeiros sentem-se ineficazes, disponibilizam-se todos os meios e ainda se pede ajuda a países vizinhos, alguns governantes interrompem as suas férias para tentarem fazer o que lhes compete e mesmo assim continuamos impotentes face a esta calamidade.
Falam-se em muitas soluções, mas poucas são as que se põem em prática. Eu dou mais duas que se calhar já foram numerosamente discutidas:
Porque é que não se criam postos de trabalho locais para a limpeza das matas e respectiva inspecção? Em vez de se gastar o “nosso” dinheiro (que não é muito) no combate, porque é que não se canaliza parte dele para a prevenção? Ganhávamos áreas florestais limpas e combatíamos o desemprego!
Ainda no contexto da prevenção, porque é não se utiliza a mão-de-obra prisional para a limpeza das nossas matas? Porque é que não se troca a “boa vida” que levam na prisão por um pouco de trabalho comunitário que poderia fazer com que reduzissem as suas penas? Não vale a pena pensar em possíveis fugas pois hoje há dispositivos de localização que controlariam isso.
Muitas mais ideias poderiam ser dadas, mas teimamos em não fazer nada e deixar o nosso país a arder.
É preciso maior prevenção, penas pesadas para mãos criminosas, maior vigilância, mas acima de tudo, é imperial agir!
Vale a pena pensar e não ficar por aqui para que os próximos anos não sejam iguais!
Maurício Miranda
Sem comentários:
Enviar um comentário