segunda-feira, 2 de março de 2009

Cada aluno um computador?


Desenvolver a sociedade de informação, permitindo condições excepcionais de aquisição de um computador portátil é o propósito do governo através de um programa ambicioso e importante do plano e-escolas.


Esta é uma iniciativa de grande impacto onde se assiste ao investimento na aprendizagem, no trabalho e até na comunicação que será, no futuro, uma vantagem competitiva para o nosso país.


Como toda a gente sabe, o estado juntamente com as redes operativas de telemóveis criou este plano para que desta forma houvesse um acesso massificado às tecnologias de informação. “Cada aluno um computador” é o slogan que se segue para que, de forma faseada todos os portugueses tenham o seu próprio computador. É um plano que está a ter resultados muito bons e que já é exemplo, segundo a Microsoft, para outros países. Eis um motivo de orgulho para o nosso país.


O que é menos louvável é o modo como se começaram a distribuir os computadores portáteis. Alunos do ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) e posteriormente do ensino básico (7.º, 8.º e 9.º anos), professores e adultos em formação são os primeiros a usufruir deste plano. Questiono-me se são estas as pessoas quem mais precisam dos computadores portáteis…


Todos sabemos que os estudantes universitários são quem mais deles necessitam, uma vez que, regra geral precisam de um computador para pesquisas e trabalhos de uma intensidade diferente da que é pedida nos formandos anteriormente citados, e para além disso estão longe de casa não podendo usufruir de um possível computador fixo existente em casa. A necessidade de uns é o luxo de outros.


Apesar de tudo isto, com este plano consegue-se que os alunos que ingressem no ensino superior nos próximos anos já não tenham este problema, uma vez que já terão os seus próprios computadores portáteis evitando desta forma o elevado gasto nos mesmos. O que é facto é que, quem pelos ensinos básicos e secundários já passou e já frequenta o ensino superior terá que comprar o seu portátil a preços elevados.


Se a ideia é que todos os portugueses, e mais especificamente todos os alunos possam ter o seu próprio computador porque não começar pelos que mais necessitam?


Olga Pereira

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